sábado, 6 de outubro de 2018

PAS - UMA PORTA PARA O FUTURO





Para a grande maioria dos estudantes, terminar o ensino médio e ingressar em uma faculdade é o primeiro passo para o futuro promissor que muitos almejam. O PAS, Programa de Avaliação Seriada é uma das portas de acesso ao ensino superior para quem deseja fazer um dos cursos oferecidos pela UnB – Universidade de Brasília – a qual é a organizadora e executora da iniciativa.
O PAS pode ser visto como uma outra oportunidade, além do ENEM. Suas provas são acumulativas, e aplicadas em 3 etapas, cada etapa é composta por uma prova de conhecimentos - dividida em duas partes - com valor 100 e uma proposta de redação de valor 10. As fases são referentes a cada ano do Ensino Médio e essas três etapas são aplicadas em três anos consecutivos, sendo a primeira com os conteúdos do primeiro ano do ensino médio, a segunda com os assuntos referentes aos dois primeiros anos e assim sucessivamente.
Ao fazer a prova da primeira etapa, logo pude perceber que sua estrutura é bem distinta do modelo ENEM, com exceção da proposta de redação. A prova de conhecimento é composta por 100 questões divididas em duas partes, a primeira parte referente a língua estrangeira e a segunda onde abrange várias áreas de conhecimento -como Artes Cênicas, Artes Visuais, Biologia, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Literaturas de Língua Portuguesa, Matemática, Música, Química e Sociologia, e ao invés de aderir ao estilo de longos textos em cada questão, o PAS tenta unificar esses campos de conhecimento, aplicando perguntas dessas diversas áreas baseadas geralmente em um mesmo texto. Outra particularidade da prova é o estilo das perguntas divididas em A, B, C e D, onde cada espécie refere-se ao tipo de marcação no gabarito.
O PAS é uma ótima oportunidade para os jovens que desejam ingressar no ensino superior, e que procuram novas chances além do ENEM, e mais ainda, incentiva o aluno que tem interesse no Programa a valorizar mais o ensino médio, seja ele de escola pública ou particular, já que o PAS tem um caráter seriado, cujo os conteúdos das provas são baseados nos apresentados em sala de aula durantes os três anos do exame.
Desta forma, todos os estudantes interessados devem ficar atentos sobre todas as informações necessárias, já que as provas do PAS 1 e 2 são aplicadas nas cidades do Distrito Federal e algumas do Goiás e Minas Gerais, e apenas a terceira etapa será somente no Distrito Federal. Mas o principal, é não perder a chance de aproveitar essa nova oportunidade de construir sua trajetória de vida, desde o primeiro ano do Ensino Médio.


quinta-feira, 19 de abril de 2018

EDITAL DO CONCURSO LITERÁRIO MENTES TALENTOSAS DA ESCOLA SESI IGNEZ PITTA DE ALMEIDA

EDITAL DO CONCURSO MENTES TALENTOSAS DA ESCOLA SESI IGNEZ PITTA DE ALMEIDA.

A escola Sesi Ignez Pitta de Almeida convida todos os seus discentes a participarem do CONCURSO LITERÁRIO, que terá como tema: “Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo. Carlos Drummond de Andrade.” E seguirá as seguintes disposições:

DOS TEXTOS LITERÁRIOS
Art. 1º As produções precisam ser, impreterivelmente, de autoria dos(as) alunos(as) devidamente matriculados(as) na Escola Sesi Ignez Pitta de Almeida.
Art. 2º O candidato poderá escolher entre os gêneros selecionados para criar seu texto. Podendo ser: poesia, texto dramático (peça ou monólogo) ou música.
Art. 3º As 10 (dez) produções classificadas, serão interpretadas pelo(a) autor(a) ou outros(as) alunos(as) no dia do LITERATURACULTURA (Evento literário).
§ 1º A poesia ou música poderá ser interpretada por um(a) colega de turma do(a) candidato(a), desde que previamente indicado(a) pelo(a) autor(a) e que tenha participado dos ensaios marcados pela Coordenação do Festival.
§ 2º O (A) autor(a) deverá participar dos ensaios para o Festival conforme horários previamente marcados.

DAS INSCRIÇÕES
Art. 4º Para se inscreverem neste Concurso, os alunos deverão enviar para o e-mail do Jornal +SESI “jornalmaissesi@gmail.com” as seguintes informações: Nome, idade, série, turma e RG. Juntamente com a produção no ato da inscrição.
Art. 5º A produção deverá ser formatada em tamanho 12, fonte Arial, espaçamento 1,5, contendo o nome completo do(a) autor(a), série e turma.
Art. 6º As inscrições estarão abertas de 20 de Abril a 13 de Junho de 2018.

DA SELEÇÃO                 
Art. 7º A comissão julgadora será constituída por professores, coordenação e componentes da equipe do Jornal +SESI. A avaliação será baseada nos seguintes critérios em ordem de importância: originalidade e criatividade. Se a produção apresentar fragmentos de textos e/ou cópias de textos já publicadas, será automaticamente eliminada

DA PREMIAÇÃO
Art. 8º Todos(as) os(as) alunos(as) que forem selecionados no concurso receberão certificados de apresentação de trabalho emitido pela Escola Sesi Ignez Pitta de Almeida.
Art. 9º O primeiro colocado de cada categoria será premiado com medalha e certificado de premiação emitido pela Escola Sesi Ignez Pitta de Almeida

DA DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
Art. 10º o resultado parcial do Concurso, com as 10 produções finalistas, será divulgado no dia 25 de Julho de 2018. Haverá divulgação no site do Jornal e nos Murais da Escola Sesi Ignez Pitta de Almeida. 

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 11º Preenchida a Ficha de inscrição, o(a) candidato(a) deverá revisa-la, ficando, após sua assinatura, responsável por todas as informações nela contidas e pela produção anexada.
Art.12º As decisões da comissão julgadora são irrecorríveis e irrevogáveis.


Coordenação Geral
Prof.ª Yane Manuela

Equipe Jornal +SESI  

sexta-feira, 16 de março de 2018

DE OLHO NO FUTURO


Boa tarde, sesianos! Todos sabemos como é difícil escolher uma profissão. Escolher qual curso seguir é, na maior parte das vezes, uma decisão muito difícil. Por isso a partir de agora teremos entrevistas mensais com profissionais de diversas áreas de para ajudá-los nessa difícil escolha. Hoje teremos uma  entrevista com a advogada Lilian Michelli Viana dos Santos. 


1- O que te levou a escolher essa profissão?
Foi uma coisa que eu sempre gostei, me identifiquei.
2- Há quanto exerce essa profissão? Ou há quanto tempo está na graduação?

Exerço essa profissão desde 2016

3- O que mais lhe atrai na sua profissão?

A parte das leis, da justiça, principalmente a área criminal.

4- Quais são suas perspectivas como profissional dessa área?

Passar em um concurso público.

5- Se não exercesse essa profissão, qual seria?

Não sei o que faria.

7- Existe algo que você não gosta em sua profissão?

Algumas pessoas agem de forma desonesta na profissão.

8- Qual foi o dia mais gratificante como profissional? Ou na graduação.

Durante a graduação: o primeiro júri e a formatura. E como profissional: a primeira causa que peguei para defender.

9- Quais as características fundamentais para ser um bom profissional nessa área?

Ser uma pessoa honesta, muito segura de si e do que vai fazer para defender o seu cliente, e principalmente ter caráter em todos os aspectos, não só na profissão, no dia a dia também.

10- Como sua profissão interfere em sua vida pessoal?

A profissão de direito exige uma seriedade maior, uma imposição maior, e as vezes a gente quer levar uma vida mais tranquila, se diverti de algumas formas, que as vezes não coincidem com a profissão, mas na maioria das vezes, não interfere em nada, consigo conciliar as duas vidas, a profissional e a particular.

11- Você acha que sua remuneração é justa?

Na minha opinião, nenhuma remuneração condiz com o nível do profissional, então acredito que tem que haver muitas melhorias, não só na minha profissão, como em todas as outras.

12- Você tem vontade de mudar de profissão?

Não, fiz a escolha certa.

13- Qual foi o seu dia profissional mais difícil?

No direito, todos os dias acarretam suas próprias dificuldades, porque lidar com pessoas em si, com pensamentos diferentes, opiniões, é muito difícil, então os profissionais dessa área têm que ter uma responsabilidade muito grande, um carisma, sensibilidade para entender o problema do cliente, não absorver o mesmo, e conseguir tratar o cliente mediante as dificuldades dele.

14- Faça uma breve descrição da sua profissão.

O direito em si, ela é uma profissão que todas as pessoas deveriam ter a oportunidade de cursar, até para melhorar a qualidade do ser humano em si, porque ele mostra os direitos e os deveres que nós temos como cidadãos, como pessoas de bem, e muitas ilegalidades nos dias de hoje, e as pessoas são constantemente lesadas, como o direito do consumidor, por exemplo, ou seja, muitos direitos que não conhecemos. Então a minha profissão em si, é sempre ajudar as pessoas a entender os direitos que elas têm, e lutar por eles, seguir a lei e procurar a justiça. Por fim, a constituição Federal também assegura que todos nós temos direito a um defensor, grandes criminosos, e nós como advogados temos que defendê-los, e isso faz da profissão um pouco difícil, por ter que defender alguém que ao ver da sociedade não merece defesa, mas pela constituição merece, acredito que é uma profissão fundamental.

15- Sua profissão tem muitas áreas?

É uma área bem abrangente para concurso público, como delegado, promotor, procurador, juiz. E na parte de advocacia, tem a área criminal, a civil, previdenciária, a do direito ao consumidor, a da família, o ECA. É Uma profissão que tem bastante áreas que possam ser direcionadas.

16- Onde você se formou? Ou onde está se formando?


Em Barreiras, Bahia, na faculdade, Dom Pedro II.

17- Qual seu nome?

Lilian Michelli Viana dos Santos

RESENHA: Dom Casmurro - Machado de Assis - Lauren Beatriz


Dom Casmurro é considerado um dos maiores romances da literatura universal, considerado um romance realista escrito pelo célebre autor Machado de Assis, foi publicado em 1899 e até os dias atuais causa inquietação aos leitores.        
Afinal, Capitu teria ou não traído Bentinho? 

A obra nos introduz nas lembranças de Bentinho, que busca recordar sua história e resgatar o jovem que ainda existe nele mesmo, porém foi ultrapassado pelos acontecimentos que o fizeram se tornar um homem rude, isolado e quieto,  características que lhe renderam a alcunha de Dom Casmurro.
O livro retrata a história de um menino que através de diversas táticas tenta mudar seu destino, que teria sido traçado por sua mãe a partir de seu nascimento,  decidida a colocá-lo no seminário. Em busca de convencer sua família a desistir da promessa, Bentinho cria com a ajuda de sua amiga de infância, Capitu, diversas estratégias para alcançar seu desejo.
Em meio ao contexto histórico em que foi construído, o enredo apresenta  uma concepção de família de caráter patriarcal, cercado por estruturas conservadoras e tradicionais, que prezam a religiosidade em primeiro lugar, restringindo as opções de Bentinho de seguir sua própria vontade.
Ao longo da narrativa, após escutar uma conversa entre sua família e o agregado que mora em sua casa, José Dias, Bento se dá conta de que a relação que existia de amizade entre ele e sua amiga já não é mais a mesma, pois se desenvolveram sentimentos mais profundos, que os tornaram mais íntimos com o passar do tempo.
A aproximação entre os dois se torna ainda maior devido aos planos que passam a traçar juntos a partir de fantasias, que são influenciadas principalmente por Capitu, e embora esse amor necessite enfrentar muitas dificuldades,  continua a florescer até que novos obstáculos são inseridos na história.
O livro marca uma fase inovadora de Dom Casmurro para a época, na qual sua narrativa é repleta de uma visão realista da sociedade, apresentando a mulher de forma não idealizada ou romântica em um período conservador e ainda aborda problemas de estratificação das classes sociais da época. O romance, por fim, é um desafio a um leitor desatento, é preciso degustar cada frase e absorver profundamente as agudas colocações do genial Machado, que apresenta uma profunda crítica as instituições morais do século XIX.

Caro leitor, perdoe-nos por não respondermos à pergunta supracitada, não pretendíamos elucidar a questão , mas, sim, estimulá-lo a conhecer a obra e chegar a sua própria conclusão.
Então, o desafiamos a tentar responder esse enigma de todos os tempos. Deixe o seu comentário. Capitu traiu Bentinho?    

Lauren Beatriz

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Conto: Um clichê irresistível - Agatha Karolina de Alencar Medeiros

Era uma sexta-feira, já havia passado das onze da noite, precisei ficar até mais tarde no restaurante, organizando tudo para o evento que aconteceria daqui duas semanas. Estava irritada, chateada e triste; as coisas não estavam saindo como o planejado, e ainda precisava aguentar as insinuações constantes da ex-namorada do meu marido.
Desci do carro e entrei em casa. Parei em frente ao espelho que havia no hall de entrada; as olheiras já faziam parte do meu rosto, meus cabelos castanhos estavam amarrados de forma bagunçada em um coque, meus olhos, da mesma cor, aparentavam bastante cansaço e irritabilidade, o dia parecia não ter fim.
Joguei a chave do carro e as pastas, que estavam nos meus braços, de qualquer jeito sobre o sofá negro de couro, que ficava na sala. Normalmente eu era uma pessoa calma e organizada, mas os acontecimentos daquele dia haviam me tirado do sério. Subi as escadas e abri a porta do quarto abruptamente, encontrando meu marido sentado na cama, com o cabelo molhado, sem camisa, concentrado enquanto jogava videogame. Seus olhos castanhos e serenos se voltaram para mim depois de um tempo, ele era uma das pessoas mais inteligentes e introvertidas que já havia conhecido, e era dotado de uma beleza de tirar o fôlego.
- Boa noite, amor!
- Boa só se for para você. – Respondi de forma seca.
Vi que ele ficou impressionado com a resposta e levantou a sobrancelha de forma interrogativa. Cautelosamente, ele largou o controle no chão e se deitou na cama com a cabeça apoiada no braço direito:
- Quer me contar o que aconteceu?
- Sua ex-namorada veio me perguntar se você não teria um tempinho para ela.
- Você está sendo sarcástica, isso não é bom. O que você respondeu?
- Nada.
- Nada? Sério isso?
- O que você queria que eu dissesse? Que você ficaria mais do que feliz em relembrar os momentos lindos que tiveram juntos no passado? – Perguntei de forma ácida.
Ele suspirou e veio em minha direção, depois de se levantar da cama. Me deu um breve beijo nos lábios, me olhou nos olhos e disse:
- Seu ciúme não tem fundamento.
- Como não tem fundamento? – Me afastei dele e olhei-o com raiva. – Aquela mulherzinha aparece dando uma de "sou importante" e você ainda diz isso?
- Vá tomar um banho, você precisa relaxar. – Ele me disse, com um sorriso de lado, me empurrando para o banheiro.
- Não espere que essa discussão termine aqui.
- Ela vai terminar aqui – Ele disse isso com tanta convicção que não tive como não rir.
- O que você vai fazer enquanto tomo banho? – Perguntei.
- Por que a pergunta?
- Quero doce.
Ele não disse mais nada, apenas me deixou no banheiro e desceu para a cozinha. Tomei um banho e vesti meu pijama preto com gatinhos brancos, era um tanto velho e infantil, sequei meu cabelo e deitei na cama para ler um livro, no mesmo momento em que ele chegou com uma bandeja com brigadeiro de colher, maças cortadas em cubos, suco de maracujá e bolinhos de queijo.
- Planejando me calar com comida? – Cruzei os braços e o olhei irritada.
- Não. Na verdade, vou usar a comida como uma forma de te torturar até você me contar tudo o que aconteceu hoje no restaurante.
- Nossa! Que romântico.
- Você está sendo sarcástica, de novo.
- Uai! Você vem com essas suas ideias malucas.
- Normalmente, você acha minhas ideias malucas fofas.
- Você já deve ter percebido que esse dia não está normal. – Falei, um pouco triste.
Deixando a bandeja sobre o criado-mudo, ele tirou o livro das minhas mãos e o colocou em um lugar qualquer, se deitou ao meu lado e me abraçou.
- Sabe, eu jamais trocaria o tecnécio pelo ouro – Ele disse, fazendo carinho em meu braço.
- Traduz pra mim, não sou boa com química.
- Mas é boa comigo.
- Engraçadinho! – Empurrei-o de leve, o que o fez rir. – Explica logo o que você quis dizer...
- Sempre impaciente. – Ele disse, me abraçando e dando um beijo em minha testa. – Eu quis dizer, meu amor, que eu não vou trocar o que, pra mim, é especial pelo que a sociedade diz ser o mais valioso.
Olhei para ele, no fundo dos seus olhos e, se antes da discussão eu já sabia que aquele drama todo era desnecessário, agora eu tinha certeza. Ele, com certeza, era o melhor marido que alguém poderia ter, com todos os seus defeitos e loucuras, ele me fazia feliz. Era bom tê-lo ao lado.
Provavelmente, percebendo que eu não estava mais naquele planeta, ele me trouxe de volta à realidade depositando um beijo doce e longo sobre os meus lábios. Depois me disse:
- Sabe, eu me lembro de quando éramos crianças, adolescentes, na verdade, e estávamos no ensino médio. Lembro que, antes de começarmos a namorar, e até mesmo quando já estávamos namorando, as pessoas te chamavam de boba, porque você preferia esperar por alguém que fizesse seu coração bater mais forte, a ponto de doer; alguém em que você pudesse confiar; alguém que você sabia que não seria apenas um passatempo, que teria o compromisso de te levar para o altar. Eu sei que eu estou bem longe de ser o príncipe encantado que vem num cavalo branco, mas eu também sei que eu estou bem longe de ser o cavalo. Então, a única coisa que te peço é que, por favor, não jogue fora o que temos por causa de uma louca iludida, que acha que eu vou trocar a mulher mais estressada e linda do mundo, por uma amante qualquer. Eu te amo e ninguém pode mudar isso.
Sim, eu já estava chorando desde o momento em que ele falou da galera que me chamava de boba, aquilo doía um pouco. Mas o mais doloroso era perceber que eu havia procurado briga por nada, que ele poderia estar me odiando agora, porque eu sabia que o trabalho dele também não estava fácil. Então a única coisa que eu fiz foi encostar minha cabeça em seu ombro e tentar fazer um pedido de desculpas em meio às lágrimas e soluços.
- Ei, ei! Tá tudo bem! Eu sei que você não fez por mal. Você tá agindo como se fosse a primeira vez que eu estivesse fazendo uma declaração para você. Eu sei que eu sou muito bom nisso, mas não precisa ficar tão emocionada.
Tive que rir daquilo. Era bem a cara dele me fazer rir nos momentos mais improváveis.
- Eu sei que você é bom nisso. – Eu disse rindo. – É só que a maioria das pessoas fazem declarações em momentos fofos e românticos, não no meio de uma discussão.
- Eu gosto de ser diferente. – Ele disse, enxugando as últimas lágrimas que escorriam pelo meu rosto. – Mas agora, tá na hora da mocinha comer, não quero meus filhos nascendo fraquinhos.
Eu devo ter ficado com uma cara de completo choque, já que ele me lançou um sorriso meio envergonhado.
- Quando você descobriu? – Perguntei, um pouco chateada.
- Meia hora antes de você chegar.
- Era para ser surpresa.
- Ah, relaxa! Eu fui pego totalmente de surpresa quando achei um teste de gravidez no meio de suas coisas, você quase me encontra pulando feito um louco pela casa. Tive que tomar um banho para não sair correndo pela rua, gritando para os vizinhos que eu vou ser papai. – Ele disse, rindo e beijando minha barriga.
- Bobo. – Falei, revirando os olhos.
- Quando você acha que ele nasce?
- Ããh, daqui a nove meses? – O respondi com outra pergunta, enquanto ria de sua pergunta boba.
- Desculpa, eu viajei.
- Pra bem longe, pelo jeito. – Brinquei com ele.
- Na verdade não, princesa. Eu viajei pra bem perto daqui, no brilho dos teus olhos e na curva do teu sorriso.
- Meu Deus! Eu já disse que eu te amo? Que você é um amorzinho? A melhor pessoa do planeta Terra?
Ele riu e me abraçou, me tirando da cama.
- Já sim, mocinha..Agora que você já sabe que eu já sei do nosso filhote, você vai comer e depois dormir. Descansar é sua prioridade, agora.
- Huuuuuuum...E se eu não quiser? – O provoquei passando os braços por sobre os seus ombros.
- Aparentemente, eu vou ter que te persuadir. – Ele me respondeu, dando um sorriso misterioso.









segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Intervenção literária - "O" Extraordinário abriu caminho para o extraordinário

Nos dias atuais, é comum presenciar entre os jovens o hábito do uso da tecnologia diariamente. Porém, não pode ser considerada uma realidade vivida apenas pelos adolescentes, mas, sim, de uma grande parte de toda a população. Com o grande avanço tecnológico, alguns costumes passaram a ser esquecidos, como por exemplo o hábito da leitura. É raro encontrar pessoas que ainda possuam prazer em ler e que incentivem as demais a fazerem o mesmo. Ler é ,muitas vezes, considerada uma atividade “chata”, mas trata-se, na verdade, de uma ação que proporciona inúmeros benefícios para a pessoa que a pratica.
Conhecendo o grande poder da leitura, a professora Yane Manuela, que atua na escola SESI Ignez Pitta de Almeida nas disciplinas de português e redação, selecionou paradidáticos para a leitura de seus alunos, um dos livros escolhidos pela professora foi “O extraordinário” de R. J. Palacio, segundo o depoimento de alguns dos seus alunos, relataram que “foi um dos melhores livros que já tinham lido.” O livro conta a história de Auggie, um menino que nasceu com uma síndrome genética e como consequência disso, possuía algumas deformidades em seu rosto. O garoto se depara com uma das mais difíceis experiências de sua vida, quando começa a estudar na escola, lutando contra o bullying, ele tenta mostrar que é uma criança comum, igual às outras. Este livro nos deixa uma linda mensagem, a gentileza.
A professora não parou por aí, ela promoveu uma intervenção literária junto aos alunos. O dever de cada um deles era levar para a escola gravuras relacionadas a temas estipulados pela professora, como por exemplo, o amor e a gentileza. Todas as turmas da ESIPA participaram da ação e depois de escolherem suas fotos, era a hora de colocar a mão na massa.

Em determinados locais do espaço escolar, foram coladas nas paredes todas as gravuras dos alunos de cada uma das turmas, acompanhado de algumas frases que se relacionavam com as fotos e desenhos dos alunos, como por exemplo, o fragmento do poema de Camões “Amor é fogo que arde sem se ver”. Sem dúvidas, o livro Extraordinário, abriu caminho para essa ação, digna de ser chamada de extraordinária. Além de ter promovido um excelente conhecimento sobre o assunto abordado no livro, à intervenção literária trouxe um momento de prática fora da sala de aula, que envolveu todos os alunos. Literalmente o conhecimento foi levado de dentro para o lado de fora da sala de aula, resultando num lindo trabalho em conjunto. Espera-se que os alunos de fato tenham levado o que aprenderam para dentro e fora do espaço escolar, e pratiquem em suas vidas pessoais aprendizados tão relevantes.  
                                Aluna- Déborah Lorrana Alcantara Silva - 1B

Charge da semana - "Que país é esse?" por João Victor


   
                                                         Charge por João Victor